"1.Se é verdade que as leis laborais devem proteger os trabalhadores para contrabalançar o poder das empresas, porque é que em Portugal, que tem as leis laborais mais rígidas da Europa, temos salários tão baixos e desemprego tão elevado?
2.Se é verdade que as obras públicas são uma fonte de desenvolvimento para o futuro, porque é que o pais que fez a Expo, o Euro, o CCB e a Casa da Música e plantou SCUTS de Norte a Sul no passado não é um dos países mais desenvolvido na Europa?
3.Se é verdade que há vida para alem do défice, porque é que Portugal continua anémico, quase em coma?
4.Se é verdade que a aposta na educação pública é essencial para a expansão do conhecimento, porque é que os alunos das nossas escolas públicas, que são das mais caras da Europa, sabem tão pouco quando os comparamos com alunos de outros países?
5.Se é verdade que o controle de rendas é muito importante para proteger os cidadãos dos abusos dos proprietários de imóveis, porque é que as casas onde vivem os cidadãos protegidos estão a cair aos pedaços e as nossas cidades estão a desertificar-se?
6.Se é verdade que a redistribuição é um factor de desenvolvimento e eliminação de desigualdades, porque é que em Portugal, cujo estado já açambarca metade da riqueza produzida em cada ano, quanto mais distribui, menos se iguala?
7.Se é verdade que as ajudas dos estados foram imprescindíveis para evitar a crise, porque é que estamos enterrados numa crise bem mais profunda que antes das ajudas?
8.Se é verdade que precisamos dum novo aeroporto em Lisboa, porque é que no aeroporto que já não serve e vai encerrar, renovaram o terminal de partidas, o terminal de chegadas, fizeram o terminal 2, construíram uma nova zona internacional, construíram um novo terminal de cargas e um novo parque de estacionamento, estão a construir uma nova zona comercial e de recolha de bagagens e uma nova linha de metro?"
Acrescento:
9 Se é verdade que a Regionalização não avança por motivos relacionados com a circunstância de tal decisão dividir os portugueses e “perturbar” a unidade do País, porque é que vivemos no país da Europa onde a desigualdade entre ricos e pobres é a maior e onde se verificam as maiores divergências regionais?
A resposta a todas as perguntas é fácil:
ResponderEliminar-Porque estas perguntas não são feitas, como é imperativo, nas reuniões e assembleias partidárias, com a exigência de encontrar respostas através de debates profundos e democráticos, para que desses muitos e urgentes debates sejam denunciados os responsáveis, atirados pela porta fora os oportunistas que tomaram de assalto o sistema partidário, se decrete solenemente que no interior dos partidos se passe a discutir política e políticas para o país e autarquias, de forma a deixarem de ser, de uma vez por todas, meros comités eleitorais para eleger amigos e cúmplices, através de golpes e contra-golpes, quase sempre congeminados fora desses mesmos partidos, ao serviço de estranhos interesses pessoais e variados lobbies apostados na regionalização.
Quase todos os que defendem a regionalização fazem parte deste e daquele partido, mas destruiram a democracia no interior dos partidos e não lhes interessa rigor na primazia de escolher os sérios, competentes, generosos e com paixão de servir bem o povo português.
Caro templário,
ResponderEliminarNão discordo do seu diagnóstico em relação aos partidos. Neste momento, fazem parte do problema e não da solução.
Acreditamos, genuinamente, nisto:
O Movimento Norte Sim considera que o Norte não pode esperar mais tempo para poder decidir o seu futuro e ter na sua mão um poder responsável e democrático que ultrapasse a actual impotência face ao crescente empobrecimento com que esta região se tem deparado nos últimos anos.
Cumprimentos.
Ha. Ha. Ha. Há tempo que não ria tanto. Ou seja, os que defendemos a regionalização destruímos partidos. Ora essa!
ResponderEliminarVê-se mesmo que também cá há hooligans anti-regionalização que só têm uma ideia: Não à regionalização mas sem propostas nenhumas para fazer com que o país avance e as desigualdades não sejam tão fortes.
Que fácil é fazer retórica desde um cómodo sofá lá em Sintra ignorando os problemas reais do país...