http://balancedscorecard.blogspot.com/2010/05/nao-e-caridade.html
Do artigo “Ministro da Agricultura diz que país deve apostar nas "exportações de alimentos" publicado no Público destaco os seguintes trechos:
"Consumimos mais produtos alimentares do que os que produzimos, pelo que temos de importar grande parte deles. Somos altamente deficitários", afirmou, argumentando que é necessário alterar esta situação.
A agricultura é um "sector fundamental para o desenvolvimento da Europa e do país. Deve continuar a garantir a função primária de produção de alimentos para a nossa população", frisou.”
Tendo em conta o artigo, depreendo que o ministro da Agricultura quer substituir as importações agrícolas por produção interna.
A produção agrícola interna não consegue competir de igual para igual com as importações. Portugal não pode competir no negócio do preço com as produções agrícolas de commodities que nos entram porta-a-dentro, não temos extensão de solo. Só torrando dinheiro dos contribuintes em apoios e subsídios.
Em vez de tentar competir no terreno que dá vantagem à concorrência, melhor seria fomentar o aumento da produção do que podemos produzir e exportar com vantagem competitiva, por causa do clima. Contudo esta mudança de paradigma tem uma grande dificuldade pela frente...
Dificuldade desta abordagem, as produções internas, que perdem na competição com as importações, correspondem às produções tradicionais que têm lobbys poderosos junto do ministério da Agricultura.
(continua)
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Apenas uma curiosidade e, ao mesmo tempo, um louvor a um grande professor.
ResponderEliminarNa 4ªclasse, no Colégio do Trancoso, Vila Nova de Gaia, tive como professor o Senhor Alves, que, há 55 anos, nos disse que a água ia faltar e que nós nunca devíamos abandonar a agricultura, fosse em que circunstâncias fosse, porque o Norte teria de alimentar todo o país.Um visionário? Um homem excepcional.
António Alijó