A maioria dos portugueses ficou estupefacta com a decisão pelo governo, na passada sexta-feira, da manutenção de praticamente todos os grandes investimentos públicos. Decisão tomada apenas dois dias após um dos dias mais negros nos mercados financeiros para Portugal e Grécia, onde as taxas de juro atingiram níveis impensáveis alguns meses atrás, consequência da baixa de notação da divida portuguesa em dois escalões pela agencia mais relevante do mercado, a Standard & Poors.
Estes investimentos representarão pelo menos 5.000 milhões de euros de contribuições do estado ao longo dos próximos 3 a 4 anos, período para conclusão dessas obras. Além deste imenso capital são projectos que terão prejuízos de exploração, ainda mal quantificados, mas que provavelmente representarão mais de 1.000 milhões de custos para o estado todos os anos.
Em contrapartida este mesmo governo que encontra facilmente milhares de milhões de euros para novas obras e para projectos que darão grandes défices, insiste na introdução de portagens nas SCUTS do Norte do país, não se preocupando minimamente com o facto do Norte ser a região mais pobre de Portugal. Onde está então a justiça e a equidade?
Estranhamente temos algumas personalidades do Norte que defendem a estratégia do Governo : Portajar as SCUTS no Norte e manter as grandes obras públicas essencialmente a Sul. Mais uma vez impera o divisionismo nesta região e assim pode este estado centralista continuar a sua estratégia, que aqui nos empobrece, sem uma oposição em bloco e firme das gentes do Norte.
Fica assim mais uma vez e com clareza a necessidade de com urgência a Região Norte avançar e eleger um poder legítimo, democrático e que tenha força para enfrentar os poderes da capital.
Região Norte já, para sair da crise
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