O fracasso das politicas centralistas dos últimos 20 anos está à vista. A aposta na concentração do investimento público na região de Lisboa, a centralização de quase todas as empresas públicas, ex-monopólios e institutos na capital, levou a que também as maiores empresas privadas se deslocassem para lá.
Pelo contrário em Espanha vemos vários pólos de desenvolvimento em todo o país, puxados por cada região autónoma. Vemos cada autonomia espanhola maximizar as suas capacidades e competências, que dependem da sua posição geográfica, cultura e história. Também em Portugal vemos que as regiões da Madeira e dos Açores recuperaram de um atraso de séculos em pouco mais de 20 anos, tendo ultrapassado claramente o desenvolvimento do Norte, através de estratégias definidas em cada uma dessa regiões.
O Centralismo tem o desplante para além de concentrar o investimento e recursos públicos na capital, desviar fundos das regiões mais pobres para Lisboa e aplicar portagens na SCUTS predominantemente a Norte, aumentando ainda mais o fosso existente. Apesar destas gritantes injustiças temos visto como tem sido notária a incapacidade actual do Norte em contrariar estas politicas que nos empobrecem todos os dias.
A criação da Região Norte é, por estas razões e várias outras, urgente, mas existem dúvidas nos nortenhos. Uma delas é o facto do interior ser bastante menos desenvolvido que o Litoral. Por essa razão a Região Norte tem se afirmar como solidária, comprometendo-se à partida e sem hesitações numa regionalização descentralizada, onde as secretarias regionais e a sede da junta regional estarão espalhadas pelas várias cidades do Norte e nunca concentradas num única local ou sub-região. A região Norte deve ainda criar instituições como o Banco/Caixa Regional que sejam um instrumento para o desenvolvimento equilibrado.
Norte Sim, Já!
Sem comentários:
Enviar um comentário