O Movimento Norte Sim, defende uma Região Norte coincidente com a actual região plano e um modelo de regionalização administrativa consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O Movimento Norte Sim, considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que esta Região Norte se depara.

O Movimento Norte Sim, luta para que o Norte possa decidir o seu futuro, com mais eficácia e menores custos, através de um poder eleito democraticamente.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Quando o Titanic se afundou, por incúria e soberba do comandante, a orquestra continuou a tocar*

Ontem, o Governo anunciou que “A Auto-estrada do Centro é o único projecto que vai ser reavaliado pelo Executivo” e que “vai manter as grandes obras públicas como o TGV, o novo aeroporto de Lisboa e a terceira travessia sobre o Tejo”… começa a ser difícil encontrar as palavras certas para descrever isto!

Infelizmente, vale a pena ler, no "Goldman Sachs Global Economics, Commodities and Strategy Research - European Weekly Analyst, April 29, 2010":

€150 bn IMF & Eurozone program for Greece likely to be announced this weekend ...Today's papers report that IMF chief Strauss-Kahn indeed told German policymakers that they might need EUR120-130bn over three years. … So here is what I think they'll say this weekend: 1 - They'll announce that the IMF staff has reached agreement with the Greek authorities on a 3-year program that will include draconian fiscal cuts (on the order of 10pc of GDP) and a series of structural measures aimed at driving nominal wages lower, fix the pension system and building better institutions. 2 - Wrt the number, they'll impress us with something like EUR150bn over the next three years (truly a number that blows away any previous record rescue as a share of quota) with about EUR50bn for the first year. However, the full EUR150bn can only be indicative because some EUR90-100bn will have to come from the Europeans, and they are in the process of approving "only" EUR30bn. The political and legislative battles in Europe seem destined to continue for months. 3 - In other words, something like EUR30bn (which will cover the rest of this year) will be pretty firmly committed, although subject to quarterly performance criteria; ie legislative progress by the Greek authorities to fulfil those conditions. The rest will be more like a political pledge that if Greece continues to follow through on the reform program agreed with the IMF then another EUR100-120bn can be made available during the remainder of the three year program. All in all: Message this weekend to the market: You don't need to worry about Greece for the next three years; you can mess around in the secondary market, but the Greek government will be fine - you are out of the equation!

Portugal will soon have to beef up its fiscal consolidation measures. Nick Kojucharov: We are concerned about Portugal’s strategy of slow and back-loaded fiscal consolidation. Portugal’s government has pencilled in only 1ppt of reduction this year to its outsized 9.4% deficit, and is waiting for the economy to stabilise before it enacts more aggressive measures in 2011-2013. Whether on its own accord or in response to market pressures, we think Portugal will soon have to beef up its consolidation measures, starting by bringing expenditure cuts forward into this year.”


A triste moral desta triste história é que em breve os mercados deixam de se preocupar com a Grécia, e passam a preocupar-se com Portugal...

*como relembra, hoje no Público, Luís Campos e Cunha.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O declínio do Norte


Os dados divulgados pelo Eurostat dizem respeito a 2007 e cobrem, em termos de comparação evolutiva, os últimos dez anos. Mas não serão necessárias grandes investigações e estudos para se concluir que a situação se agravou substancialmente nos dois anos seguintes com a chegada da crise.

De facto, há um efectivo empobrecimento do Norte, que nessa década viu o seu PIB ser reduzido em 3,3 por cento comparativamente à média comunitária, situação que se tem agravado nos últimos anos com a crise que atingiu as empresas, exportadoras e não só, e com o aumento do número de desempregados.

Infelizmente, porém, a perda que o Norte regista, e consequentemente o país, não é apenas de riqueza. Não, a região também perdeu poder, neste caso por ausência de uma voz forte e suficientemente representativa que possa fazer valer os seus direitos junto dos centralistas que no momento estiverem de turno em Lisboa.

É certo que vozes insuspeitas e de reconhecido mérito como Braga da Cruz, Carlos Lage e Daniel Bessa, para só referir algumas, se têm levantado em defesa da coesão regional como forma de potenciar o país no seu todo. Mas a verdade é que os sucessivos alertas, sugestões e até exigências nunca chegam a quem tem o poder de decidir, vá lá saber-se se por falta de amplificação sonora ou simplesmente por surdez ou autismo dos destinatários.

A própria OCDE acaba por se juntar a essas vozes críticas ao reconhecer que Portugal é um dos países mais centralizados e incluir esse facto nos estudos que vem publicando sobre Portugal.

No terreno tornou-se quase natural assacar as responsabilidades pelo fraco desempenho do Norte ao centralismo lisboeta, aquele que normalmente tudo canaliza para Lisboa, contribuindo para o empobrecimento de uma região que sabe ter massa crítica suficiente e capacidade para transformar toda a estrutura do Norte.

É também por essa razão, por constatar o continuado reforço do centralismo embora frequentemente com sedutoras desconcentrações de competências, que cresce o número dos que acreditam que a criação de regiões administrativas é a solução ideal para o desenvolvimento homogéneo do país.

O caso concreto do distrito de Braga, que é um dos mais afectados, é paradigmático da postura centralista e autista do Terreiro do Paço. A gravidade da situação levou um importante conjunto de actores regionais (Arqu idiocese de Braga, Associação Industrial do Minho, Associação Comercial de Braga, União de Sindicatos de Braga e Universidade do Minho) a apresentar ao anterior governo algumas medidas de emergência, uma espécie de contrato social com a região, mas as propostas foram rejeitadas por José Sócrates.

Mas também aqui vozes como a de António José Seguro, e dos restantes deputados socialistas do distrito, saíram em defesa da região, embora aparentemente tudo se mantenha como estava, pelo menos até agora.


“Esta região precisa de autonomia, maior agilidade na utilização e no critério de utilização dos recursos públicos e precisa de interlocução política”, disse Seguro o mês passado em conferência de imprensa após uma semana em que os deputados socialistas estiveram de visita ao distrito.

...

Se os apelos que os actores regionais fizeram ao anterior governo não obtiveram qualquer resposta, a verdade é que as propostas apresentadas o mês passado pelos deputados socialistas parecem percorrer o mesmo caminho da insensibilidade e indiferença.

E tudo indicia, como parece inferir-se por exemplo na questão das grandes obras públicas, que o “status quo” é para manter. Ainda recentemente a opção governamental de manter a construção do novo aeroporto de Lisboa e a ligação entre as duas capitais ibéricas por TGV, e de suspender as ligações em alta velocidade entre as duas principais cidades portuguesas, e entre o Porto e Vigo, foi duramente criticada por diversos agentes regionais.

O presidente da AIM, por exemplo, chegou mesmo a dizer que a decisão “é escandalosa, demonstra o centralismo do governo e configura um crime de lesa pátria para com a região norte”, acrescentando que “se não há dinheiro é porque o governo endividou o país” mas que mesmo nesse caso “devem parar todas as obras públicas e não apenas as do Norte”.

E depois ainda há quem afirme peremptoriamente que o país não pode andar a duas ou mais velocidades. Não devia, de facto, mas a verdade nua e crua é que em 2010, muitos anos e muitas centenas de milhões de euros depois, a nossa divergência face à comunidade continua a aumentar e os índices de desenvolvimento do país são pouco menos que indignos. E é assim que se perde terreno. É assim que se perde o norte.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Desenvolvimento Regional: Uma nova visão estratégica, precisa-se!

A cada ano que passa torna-se cada vez mais visível a necessidade urgente de uma estratégia eficaz que promova o aumento das exportações, que crie mais e melhor emprego, e que trave o galopante crescimento da divida pública. Deixar ao mercado, aos investimentos em obras públicas ou aos programas comunitários a tarefa de criar riqueza já provou nos últimos 15 anos que não funciona. A competição global é cada vez mais feroz, as empresas privadas nos sectores expostos à concorrência têm pouco capital financeiro e humano e a reprodutibilidade do investimento em obras públicas é muito baixa ou negativa, dado o facto do enorme crescimento da divida publica na ultima década face a um crescimento muitíssimo baixo do PIB. Precisamos então de uma nova visão estratégica!



Onde estão as grandes forças do Norte? Concentradas principalmente em três grandes grupos de instituições:



a) As empresas privadas ; b) as autarquias; c) as universidades

É a partir deste triângulo, ao qual se deverá juntar o Governo/Administração Central logo que assim o entenda, que eu proponho que se faça uma “revolução cultural” com vista ao crescimento económico reprodutivo e sustentável. A revolução cultural que proponho passa por uma redefinição das prioridades das autarquias e das universidades : ambas deverão assentar a sua estratégia principal no apoio às empresas sediadas no Norte e à criação de novas empresas e industrias / sectores económicos.



Todas as universidades e autarquias já têm em maior ou menor grau estruturas de apoio à instalação ou criação de empresas, no entanto são actividades de certa forma secundárias, pelo menos no que respeita aos montantes financeiros envolvidos. O mais fácil para as universidades e autarquias é continuaram a apostar com 95% do seu orçamento numa continuidade até agora consensual, servindo os 5% que usam para apoiar actividades empresariais como um tranquilizador de que estão a fazer a sua parte. No entanto 5% não chega, como podemos verificar. Claro que uma postura também fácil é dizer que o Governo/Administração Central também segue a regra dos 95% e só canaliza 5% do orçamento nacional para o apoio/criação de empresas/sectores, pelo que as autarquias e universidades do Norte fazem o que lhes compete, nem mais nem menos que o resto do Estado.



Mas aí é que está a diferença que proponho: O Norte deve liderar uma aliança forte e com recursos entre autarquias/universidades e empresas privadas, não deve ficar á espera! O resto do país virá a seguir caso esta região dê o exemplo, até porque é uma estratégia que a todo o Norte vai beneficiar, e assim quanto mais cedo começar a ser implementada melhor. Claro que para o Norte tudo seria mais fácil se fosse o Governo Central a liderar e a financiar esta estratégia, mas tal não parece possível no curto prazo. E por onde começar?



a) Criação de fundos de capital de risco de grande dimensão (um por cada Associação de Municípios) a partir do orçamento de cada município e de cada Universidade, complementado por fundos públicos nacionais e comunitários. Gestão partilhada entre municípios e universidades. Estes fundos deverão participar no capital e na gestão de empresas existentes ou em novas empresas localizadas em cada sub-região respectiva, num máximo de 40% do capital.



b) As universidades devem focar os seus cursos nas áreas que têm maior empregabilidade e propor trabalhos de fim de curso, mestrados e doutoramentos o mais possível ligados ao apoio e investigação sobre o tecido empresarial existente, ao lançamento de novas tecnologias/produtos ou serviços passíveis de serem usadas no curto prazo em empresas existentes ou em start-ups.



c) Criação de incubadoras de empresas, com instalações, apoio jurídico, planos de marketing , contabilidade, contactos com capital de risco, etc.



Mas não pensemos que apenas cursos de engenharias, ciências ou economia/gestão se devem dirigir aos problemas do desenvolvimento económico e criação de riqueza. Também os cursos de humanidades, artes e ciências sociais se devem envolver profundamente, procurando responder com propostas concretas às questão mais complexas que se nos deparam: porque as empresas não conseguem competir e crescer? O que mudar no sistema de ensino básico, secundário e superior para com os mesmos recursos financeiros conseguir melhores resultados ? O que alterar no funcionamento das autarquias para optimizar o seu funcionamento e relação com os cidadãos ? O que falta na relação entre os deputados eleitos e os problemas concretos de cada distrito ?



Deverão então ser formulados Programas de Investigação nas Humanidades e nas Ciências Sociais que formulem e proponham teses e respostas às questões pertinentes que nos envolvem aqui em Portugal, sobretudo às questões do desenvolvimento económico, dos resultados da educação, da eficácia da administração autárquica, e também ás questões da organização dos sistemas de saúde, da justiça.



Precisamos que as Universidades apareçam à sociedade como detentoras do saber que faz, que provoca o progresso, que está envolvida no dia à dia com as empresas, que no final do dia serão as responsáveis pela criação ou não da riqueza e dos empregos tão indispensáveis e tão difíceis de criar e manter, neste mundo de competição total.


Norte Sim, Já!

terça-feira, 27 de abril de 2010

segunda-feira, 26 de abril de 2010

1º Jantar / Debate do Movimento Norte Sim - Reportagem (video)



Paredes, 22 de Abril de 2010
(link)

36º Aniversário do 25 de Abril - Uma referência ao Desenvolvimento Regional



O 36º aniversário da “Revolução dos Cravos” seguiu o protocolo dos últimos anos, com a população distante e os discursos da praxe na Assembleia da República. No mesmo ano em que se comemoram os 100 anos da Implementação da República, a oratória e postura dos representantes dos portugueses roçou mais uma vez a vulgaridade.
A acompanhar os habituais (e merecidos) elogios e exortações à Revolução e seus autores, seguiu-se a crítica feroz ao governo, e anuncio das irreversíveis desgraças nacionais. Palavras demasiado nuas de sentido e propostas para receberem da opinião pública qualquer credibilidade.

Das palavras mordazes de Fernando Rosas, ao discurso conciliador de consciências de José Pedro Aguiar Branco, pouco, muito pouco de substantivo se disse na sessão especial do Parlamento, que mais uma vez deveria celebrar a revolução, os seus princípios, ideais e vontades. Jaime Gama demonstrou mais uma vez os seus dotes como tribuno e trouxe alguma elevação àquela manhã de Domingo, que o Presidente da República fechou com um discurso optimista e inspirador.

Demarcando o seu discurso da tradicional oratória política, Cavaco Silva, preferiu indicar caminhos, e o seu discurso deverá ser pesado como uma motivação para agir. Não pela novidade da invocação do mar como desígnio nacional, já o tinha feito Mário Soares. Não por colocar a seu lado as “industrias criativas”, pois são já uma tendência global nos discursos políticos um pouco por todo o mundo.
Mas por falar explicitamente do desenvolvimento regional ao indicar o Porto e sua área envolvente como um farol do desenvolvimento nacional na fileira das “industrias criativas”.

A constatação nem sequer é muito disruptiva, pois o Porto é há já muito tempo um motor ao nível da criação, seja na moda, na arte, na arquitectura ou no software. Mas talvez, como dizia Carlos Magno no seu comentário ao discurso presidencial, “tenha feito bem a Cavaco Silva as visitas a Serralves”. Serralves e outras instituições culturais da cidade, a par da capacidade educativa de instituições como a Universidade e o Politécnico, dão ao Porto o perfil certo para ocupar esta posição. Se a isto somarmos o tradicional espírito empreendedor das gentes do Norte, o Porto assumirá, sem favores, o lugar primeiro neste sector.

Não pode contudo haver um centro de desenvolvimento sectorial se não houver investimento. Se não houver uma estratégia nacional nesse sentido e se as decisões estruturais continuarem a ser tomadas ao abrigo de uma qualquer clientela política.

Se como disse Cavaco, é necessário transformar o Porto num caso de sucesso neste sector, como Barcelona ou Amesterdam, é necessário seguir o caminho certo e sem atalhos ou desvios. Não tenho duvidas que esse caminho passa pelo desenvolvimento regional, descentralizado, que permitirá ao país crescer como um todo. E não da forma desordenada, desequilibrada e desestruturada, outros três “D’s” para somar aos de Abril de ’74, e que não poderão ser colmatados sem autonomia regional.

Não devemos também esquecer os valores de Outubro de 1910, “Liberdade, igualdade e fraternidade”. Estes valores foram reforçados na revolução de 1974, mas continuam por cumprir na sua plenitude.

Á Primeira República devemos os princípios e os valores, a Abril devemos a “Liberdade”, mas será à Regionalização que ficaremos a dever o desenvolvimento equitativo de Portugal.

Tiago de Almeida

Recortes de imprensa

O que têm em comum estas notícias?

«Temos um estado centralista que é um inimigo do progresso de todo o território»
Carlos Lage



"Prejuízos do centralismo"
Costa Guimarães


Autarcas do Vale do Sousa preparam acção contra o Estado por causa da SCUT

domingo, 25 de abril de 2010

Artigo de Rui Moreira no JN

"A centralização silenciosa"

Começo por lembrar a polémica que estalou em 2006 quando o ministro Manuel Pinho anunciou, no âmbito do programa de reestruturação da administração central do Estado, que a API iria ser extinta, através da fusão dos seus serviços com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), dando "garantias" de que se trataria de uma espécie de "fusão entre iguais", e que os serviços no Porto continuariam a ter um papel relevante. Rui Rio lembrou, então, o que se passara com o IAPMEI, e defendeu que mesmo que a nova agência ficasse formalmente no Porto, tal não teria resultados práticos se todos os administradores continuassem a viver em Lisboa, tendo prognosticado que "daqui por quatro ou cinco anos, no Porto, em vez de 40 ou 50 funcionários, estarão 10, e em Lisboa não estarão 40 ou 50, mas sim 150". Basílio Horta, que já fora indigitado para presidente da nova agência, prometeu que os serviços no Porto seriam reforçados, e insurgiu-se com a questão, que apelidou de "ridícula".

Sabe-se que, desde então, quase tudo o que é relevante tem sido tratado em Lisboa e, como já escrevi, "a questão da localização da agência não é alheia à escolha dos célebres PIN (os Projectos de Interesse Nacional) que se concentram a sul do Mondego". De acordo com a CCDRN, a Região Norte, onde se concentra 35% da população activa, beneficia de apenas 10,4% dos PIN.

Pois bem. Na sequência da recondução da sua Administração, o organismo sediado no Porto passa, por decisão do Governo, a constituir mera ficção. A nomeação do novo Conselho consagra a saída do último administrador ainda fixado no Porto, José Abreu Aguiar, e a sua substituição pelo professor do ISCTE Eurico Brilhante Dias. O novo administrador e Teresa Ribeiro, ex-secretária de Estado dos Assuntos Europeus no anterior Governo, juntam-se assim a Basílio Horta e aos outros dois administradores em Lisboa. Na AICEP no Porto ficam cerca de 60 pessoas, na sua maioria na área comercial de apoio à internacionalização de empresas, e sem capacidade de decisão nas áreas mais importantes. Doravante, quem na cidade precisar de tratar de assuntos importantes com a agência, que se meta ao caminho e trate de ir à capital.

Naturalmente, o que Basílio Horta designava como "disparate", a "ridícula" premonição de Rio Rio, confirmou-se. E naturalmente que isso é aceite com resignação, porque todos sabiam desde o início que a promessa de que a agência iria manter competências no Porto era um logro, e que era feita para não ser cumprida. O obediente PS Porto, sempre disposto a aplaudir todas as políticas de um Governo que, diga-se, é o mais centralista e portofóbico desde o Marquês do Pombal, não manifestou qualquer preocupação sobre o assunto, pese embora a sua candidata Elisa Ferreira ter reconhecido durante as eleições que "é um exagero a concentração de funcionários públicos em Lisboa", que a Junta Metropolitana deveria ter uma palavra a dizer no que toca à reorganização da máquina do Estado" e que " gostaria de ver por parte do líder da JMP uma acção concreta no sentido de mudar esta situação, em vez de lamentos que nada adiantam". E agora pergunto-me: não seria lógico, exequível e até indispensável que sendo esta uma decisão do Governo que dificilmente a JMP pode evitar, e tendo os deputados do PS eleitos pelo Porto uma forte presença parlamentar, tentassem fazer ouvir, por uma vez que fosse, a voz da discórdia, fazendo no fim de contas o que acusam Rui Rio de não querer ou saber fazer? Mas claro está que esta é só uma pergunta.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Banco Regional...e porque não?



(22.04.2010) Caros Amigos,

Entre ontem e hoje dia 22/04/2010 estamos a assistir ao principio do fim do modelo económico que Portugal segue desde 1986, quando entramos na então CEE. As taxas de juro com que o estado português se financia estão ao nível mais alto dos últimos 10 anos. Os credores cada vez mais desconfiam da nossa capacidade para pagar as dividas e continuar a gastar ainda mais.

Este é um modelo económico que privilegiou o consumo desenfreado em vez da poupança razoável, um modelo que provocou o enorme aumento dos gastos públicos e da burocracia em vez da racionalização da administração central e local, um modelo de concentração do investimento público em infraestruturas rodoviárias e equipamentos sociais, em vez da melhoria do ensino secundário, da investigação tecnológica, e dos apoios eficazes para o desenvolvimento da agricultura, das pescas , da industria e do turismo, e um modelo que promoveu o empobrecimento das regiões, à custa da gigantesca centralização do estado e das empresas publicas na capital, arrastando as empresas privadas também para uma lógica de centralização, pois é na capital que tudo se decide.

A criação da Região Norte dá-nos uma oportunidade de dizer que não queremos continuar a caminhar para o abismo. Queremos uma região produtiva, que exporte ainda mais, que tenha um sistema de ensino secundário e superior exigente, voltados para as necessidades da região, com uma administração regional que privilegie a eficácia com menores custos, menos burocracia e que esteja consciente da necessidade de ser aliada das empresas.

O Banco Regional é essencial nesta nova era económica. Um tempo de recursos financeiros escassos, onde é necessário que as poupanças dos cidadãos do norte, das empresas e das instituições sejam aqui aplicadas em projectos que tragam mais emprego, mais exportações e mais turismo. Os bancos nacionais estão mais interessados em financiar grandes projectos de infraestruturas, decididos na capital que outros mais pequenos, se calhar até com mais risco, pois não têm a garantia explicita ou implícita do estado central ou de uma grande empresa pública.

Este Banco/Caixa regional (uma fundação) e o Fundo de Capital de Risco associado (com pelo menos 100 milhões de euros para investir todos os anos) deverá ser também um centro para lançar o debate sobre as grandes questões para o desenvolvimento económico da região. Sem capital a custos baixos não há criação e crescimento de empresas e criação de emprego.

PP

Movimento Norte Sim: 1º Jantar / Debate - 22 de Abril de 2010

O 1º jantar debate realizou-se em Paredes e foi um sucesso.

Para além da apresentação do Movimento Norte Sim, dos seus objectivos e linhas gerais, existiu espaço para ouvir e reflectir sobre experiências vividas e relatadas pelos convidados, no caso, personalidades com forte ligação à região do Vale do Sousa (designadamente, Paredes e Paços de Ferreira) e um percurso reconhecido em diversas áreas de actividade: política, associativa, empresarial, etc.


Aliás, este é um dos objectivos da realização destes eventos, através de exemplos práticos e reais, pretende-se demonstrar como a Regionalização - ao contrário de muita desinformação e propaganda - pode ser um instrumento fundamental para acabar com muito desperdício, ineficiência e despesa inútil que estorvam o desenvolvimento da Região e, em última análise, o desenvolvimento do País.

Próxima paragem, Braga!

Norte Sim, Já!

Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões e UPMAR

Hoje, o Norte Sim!, está na apresentação do início da obra do Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões e do Parque de Ciência e Tecnologias do Mar da Universidade do Porto.

O Porto de Leixões é hoje o maior e melhor Porto do Noroeste Peninsular, e uma das mais importantes âncoras de desenvolvimento do Norte do Portugal e do país. O novo Terminal de Passageiros irá permitir ao Norte entrar no crescente mercado de turismo de cruzeiros. Para além da reabilitação que possibilitará, constituirá uma nova marca na ligação entre o Porto de Leixões e a cidade/região, Será, em ligação com o Aeroporto do Porto, um importante porto de inicio ou fim de viagem, com significativo impacto económico na região.

A integração do UPMAR– Parque de Ciência e Tecnologia do Mar no projecto, reforça a ligação entre a Universidade do Porto e a economia regional, e constituirá alavanca fundamental para o aparecimento de novas empresas de base tecnológica.

O Norte tem as capacidades, as instituições e o saber fazer necessário. No dia em que tiver novamente poder para decidir o seu futuro, outros projectos desta qualidade e importância surgirão.

Norte Sim, e já!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Movimento Norte Sim. Lançamento altamente participado!

Neste momento, em Paredes, mais de 200 pessoas assistem ao lançamento do Movimento Regionalista Norte Sim, num debate altamente participado.

O interesse que o lançamento do movimento tem acolhido junto dos media nacionais, bem como o feedback positivo que ao longo do dia nos vem chegando de centenas de pessoas são já inequivocas demostrações da justiça desta luta.

O Movimento Norte Sim considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento do Norte, e de Portugal, e exige que o Norte possa decidir o seu futuro, com mais eficácia e eficiência e menor custo para a Região e para o País.

Norte Sim! Movimento para a Região Norte


MOVIMENTO NORTE SIM arranca formalmente em 22 de Abril

Criação da Região Norte é URGENTE!

Um grupo de cidadãos do Norte tem em curso a constituição do Movimento Norte Sim, um movimento regionalista, de cariz político mas não partidário, que mobilize a região e os seus cidadãos para a necessidade de criação urgente da Região Norte.

O Movimento Norte Sim defende uma Região Norte coincidente com a actual região plano e um modelo de regionalização administrativa como está consagrada na constituição.
Acreditamos que este é o melhor modelo politico para o desenvolvimento da Região.
Para uma discussão produtiva, o Movimento Norte Sim apela a que os cidadãos do Norte usem como base de partida a lei quadro das regiões aprovada por unanimidade por todos os partidos políticos em 1991, a Lei 56/91.

O Movimento Norte Sim considera assim, que o Norte não pode esperar mais para poder decidir o seu futuro, com mais eficácia e menores custos, através de um poder responsável e democrático que ultrapasse a actual impotência face ao crescente empobrecimento com que esta região se tem deparado nos últimos anos. O Movimento Norte Sim pretende ser uma entidade que defende também causas concretas e estruturais para o desenvolvimento da Região Norte, como sejam:

- a gestão autónoma do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, importantíssima infra-estrutura que deve estar ao serviço da região e não subordinada aos interesses da construção do novo aeroporto de Lisboa;

- o investimento na rede ferroviária actual, orientada para o transporte de passageiros e de mercadorias, que ligue o Norte à Galiza e a Castilla-Leon, com tecnologias de velocidade rápida, sem megalomanias, para que toda a Região Norte possa beneficiar de um meio de transporte estratégico;

- o não pagamento de portagens nas SCUTS nesta região, enquanto o Norte tenha um rendimento per capita inferior à média nacional, de forma a que sendo a região mais pobre do país e com uma tendência crescente de empobrecimento, possa recuperar algum deste retrocesso;

- a compensação às populações afectadas pelas barragens com aproveitamento hidroeléctrico, pelos prejuízos e impactos que as barragens trazem, com valores monetários adequados à riqueza trazem para os seus promotores;

- a criação de um Banco/Caixa Regional de capitais públicos, que aplique poupanças de Nortenhos, suas empresas e instituições, em financiamentos de projectos produtivos na região. Em paralelo deverá ser constituído um Fundo de Capital de Risco, gerido na região, aplicado em projectos economicamente vantajosos para o Norte;

- acabar com o desvio de fundos comunitários do Norte para a capital e com a descriminação que o Norte tem sido votado no PIDDAC, e exigir que os dinheiros públicos sejam aplicados de uma forma exigente e transparente, acabando com desperdícios, e que sejam orientados para a ajuda à criação efectiva de riqueza na região.

O Movimento Norte Sim vai realizar um jantar debate no dia 22 de Abril em Paredes (no Paredes Hotel) pelas 21h15m, onde fará a sua apresentação pública e onde promoverá a discussão dos temas aqui descritos.

Movimento Regionalista Norte Sim apresenta-se hoje para travar o declínio da região


O "movimento político não partidário" defende a regionalização como modelo de organização político-administrativa

O que os move é a regionalização. Ou melhor, a criação de uma Região Norte. E para que esse objectivo seja alcançado, um grupo de cidadãos do Norte de Portugal reúne-se hoje num jantar, em Paredes, para apresentar formalmente o Movimento Regionalista Norte Sim (MRNS).


O Norte Sim "é um movimento político não partidário", que congrega, para já, uma centena de pessoas de todo o Norte que defendem a "regionalização como o melhor modelo de organização político-administrativa para o país", resume Ricardo Luz, um dos promotores da iniciativa. Este empresário do Porto aponta o dedo aos vários governos "centralistas" que nunca tiraram da gaveta a reforma da regionalização. "O modelo centralista está a prejudicar o país e o Norte em particular, que é, como se sabe, uma das regiões mais pobres da Europa".

Em declarações ao PÚBLICO, Ricardo Luz afirma ter consciência do longo caminho que tem pela frente, mas não esmorece e agarra-se à mensagem que os promotores do MRNS pretendem fazer passar às pessoas, alertando-as para o declínio que varre o Norte. Do seu ponto de vista, o fundamental é "tentar mobilizar o máximo possível os cidadãos".

"Para chegar à regionalização, primeiro temos que informar as pessoas por que motivo a defendemos e de lhes dizer o que estamos a perder por não termos um país regionalizado". "Temos de explicar isto aos cidadãos do Norte, para que eles percebam o que está a acontecer a toda esta região."

....

Feita a apresentação, o próximo passo passa pela conversão do movimento em associação - "pensamos que o modelo associativo será o mais interessante". Entre as iniciativas previstas pelos promotores estão a organização mensal de jantares-debate em várias cidades do Norte. Na calha está ainda a publicação de uma newsletter e, eventualmente, a participação num programa semanal num canal por cabo, a par das redes sociais, disponibilizadas pela Internet.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A REGIONALIZAÇÃO EM DEBATE

A REGIONALIZAÇÃO EM DEBATE

Solução para o País?

Na próxima 5ª feira, dia 22, a partir das 21h, no Paredes Hotel, o Movimento NORTE SIM promove um debate sobre a temática da Regionalização.

Este é o primeiro de um ciclo de debates que o movimento cívico e de cidadania NORTE SIM levará a efeito na Região Norte, sendo que o próximo está já agendado para a cidade de Braga.

Pretende-se com este debate promover e levar à discussão pública, as temáticas envolventes ao processo de regionalização e que muito penalizam a nossa região, nomeadamente a gestão do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, o Plano Nacional de Barragens, as SCUt`s, o TGV, etc.

Em nome do Movimento Norte Sim, CONVIDO-O a participar e assistir ao debate em causa.

DO PRINCÍPIO... AO FIM!

DO PRINCÍPIO... AO FIM!

Tenho vindo a afirmar com alguma frequência que o endividamento externo de Portugal é hoje em dia assumido, finalmente digo eu, como o principal problema a enfrentar pelo País no futuro próximo. Haverá certamente muitos outros problemas a resolver, mas este é o problema dos problemas.

Relembro que a dívida Portuguesa há cerca de 15 anos atrás, era de aproximadamente 50% da riqueza nacional. Hoje, se ainda não o atingiu, rondará os 100%.

Com o agudizar da crise da Grécia e posta que está em causa a credibilidade internacional deste País, cujo endividamento externo andará pelos 120%, não será despiciente dizer que Portugal é o “senhor que se segue”. Alias, ainda recentemente um responsável do governo de Atenas dizia que “…não vale a pena os Países da EU sacudirem a água do capote porque, se não for encontrado um plano para ajudar a Grécia, outros terão o mesmo destino…” e, Portugal, está na calha.

Não vale a pena esconder factos e números. Portugal corre sérios riscos de sustentabilidade futura. Como evitar este “destino”?

O Plano de Estabilidade e Crescimento (o famoso PEC) aprovado pelo governo e levado a Bruxelas é audaz. Muitos o abençoaram no imediato, mas muitos outros, agora vêm dizer que não chega. É preciso mais!.

Estamos no fim de um ciclo em Portugal, na Europa e no Mundo. Um ciclo que corresponde a um determinado sistema económico-financeiro e a um modelo de governação.

No paradigma anterior, o problema era essencialmente de confiança no sistema bancário privado, obrigando quase todos os estados a apoiarem financeiramente os respectivos bancos. Em 2009 e em poucos meses, foi possível que o mercado financeiro mundial voltasse a funcionar quase como antes. O problema é que agora o mercado é mais desconfiado e exigente! Já não vai em promessas! As promessas pagam-se com juros cada vez mais altos. E isso torna insustentável o financiamento dos Países.

Por isso, muito para além de promessas, as agências e os mercados internacionais querem é ver a concretização das medidas e os resultados que daí advêm. Por isso é que muitos já dizem, que talvez este PEC não chegue…

E por isso é preciso um corte de cima a baixo, na diagonal, neste staus quo. É preciso um novo paradigma de governação, um novo pensamento, uma nova geração de pessoas. Os partidos políticos estão geometricamente enredados em si próprios e entre eles. Não apresentam alternativas credíveis para enfrentar estes novos desafios.

Não vale a pena os partidos políticos empurrarem os problemas para a frente com a barriga. Já há quem acene com a bancarrota do País e o afastamento da Zona Euro. Eu nem sequer sei se isto é possível acontecer. O que eu sei, é que alguma coisa tem de ser feita. O corte de cima a baixo a que me refiro, é uma alteração estrutural na administração. Cada um que governe o que é seu e que depois seja avaliado democraticamente por isso.
Refiro-me à Regionalização do País. Não será certamente a dita “varinha de condão” para resolver todos os problemas, mas será a única forma de sabermos o que cada região tem, o que gasta e onde gasta, para depois podermos responsabilizá-los eleitoralmente.

A Madeira e os Açores são dois bons exemplos de regiões que caminham pelo seu próprio pé. A Madeira é hoje uma região ao nível da média europeia. Os Açores aproximam-se rapidamente dessa média. Ao invés, o Centro, o Alentejo e sobretudo o NORTE, estão cada vez mais na cauda da Europa. E nós, cidadãos, não fazemos nada? Não exercemos o nosso direito de cidadania?

Se há cerca de 20 anos, o NORTE era uma das regiões mais ricas e industrializadas do País, hoje é claramente a região mais pobre.

Do principio …ao fim. Foi e é este o destino do NORTE.

NORTE SIM, já!

sábado, 17 de abril de 2010

Muros invisíveis


Fui ontem ver o documentário “Pare, escute, olhe”. Já sabia que Trás-os-Montes estava votado ao abandono, mas ontem, pela força das imagens, fiquei a perceber que aquela região só não é um cenário de catástrofe humanitária graças à resistência, abnegação e espírito de sacrifício dos seus habitantes.

Aquele conjunto de portugueses, com os mesmos direitos que qualquer cidadão deste país, foi roubado, espoliado, pilhado. Dos milhares de milhões de € que entraram no país, apenas umas migalhas foram aí empregues e mesmo essas foram-no em projectos, como as barragens, que exploram os seus recursos naturais em benefício dos consumidores de electricidade de todo o país, especialmente, os que residem no
litoral.

Ocorre-me, por contraposição, o processo de unificação entre as Repúblicas Federal e Democrática da Alemanha. Lá, onde palavras como “coesão”, “solidariedade”, “convergência”, significam mesmo algo, depois dos milhares de milhões de € investidos com o objectivo de aproximar o nível de vida das populações que vivem na vasta área geográfica que constituía a ex-RDA, continua a ser uma prioridade essa convergência, existindo o reconhecimento que a unificação alemã ainda não é completa.
São assim os "frios" alemães e nós os "solidários e amigáveis"
portugueses... Será necessário construir um muro algures em Vila Real,
para que posteriormente possa ser demolido?"

Norte Sim, Já!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Norte Sim! Movimento para a Região Norte


MOVIMENTO NORTE SIM arranca formalmente em 22 de Abril

Criação da Região Norte é URGENTE!


Um grupo de cidadãos do Norte tem em curso a constituição do Movimento Norte Sim, um movimento regionalista, de cariz político mas não partidário, que mobilize a região e os seus cidadãos para a necessidade de criação urgente da Região Norte.
O Movimento Norte Sim defende uma Região Norte coincidente com a actual região plano e um modelo de regionalização administrativa como está consagrada na constituição.
Acreditamos que este é o melhor modelo politico para o desenvolvimento da Região.
Para uma discussão produtiva, o Movimento Norte Sim apela a que os cidadãos do Norte usem como base de partida a lei quadro das regiões aprovada por unanimidade por todos os partidos políticos em 1991, a Lei 56/91.

O Movimento Norte Sim considera assim, que o Norte não pode esperar mais para poder decidir o seu futuro, com mais eficácia e menores custos, através de um poder responsável e democrático que ultrapasse a actual impotência face ao crescente empobrecimento com que esta região se tem deparado nos últimos anos. O Movimento Norte Sim pretende ser uma entidade que defende também causas concretas e estruturais para o desenvolvimento da Região Norte, como sejam:
- a gestão autónoma do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, importantíssima infra-estrutura que deve estar ao serviço da região e não subordinada aos interesses da construção do novo aeroporto de Lisboa;
- o investimento na rede ferroviária actual, orientada para o transporte de passageiros e de mercadorias, que ligue o Norte à Galiza e a Castilla-Leon, com tecnologias de velocidade rápida, sem megalomanias, para que toda a Região Norte possa beneficiar de um meio de transporte estratégico;
- o não pagamento de portagens nas SCUTS nesta região, enquanto o Norte tenha um rendimento per capita inferior à média nacional, de forma a que sendo a região mais pobre do país e com uma tendência crescente de empobrecimento, possa recuperar algum deste retrocesso.
- a compensação às populações afectadas pelas barragens com aproveitamento hidroeléctrico, pelos prejuízos e impactos que as barragens trazem, com valores monetários adequados à riqueza trazem para os seus promotores;
- a criação de um Banco/Caixa Regional de capitais públicos, que aplique poupanças de Nortenhos, suas empresas e instituições, em financiamentos de projectos produtivos na região. Em paralelo deverá ser constituído um Fundo de Capital de Risco, gerido na região, aplicado em projectos economicamente vantajosos para o Norte;
- acabar com o desvio de fundos comunitários do Norte para a capital e com a descriminação que o Norte tem sido votado no PIDDAC, e exigir que os dinheiros públicos sejam aplicados de uma forma exigente e transparente, acabando com desperdícios, e que sejam orientados para a ajuda à criação efectiva de riqueza na região.

O Movimento Norte Sim vai realizar um jantar debate no dia 22 de Abril em Paredes (no Paredes Hotel) pelas 21h15m, onde fará a sua apresentação pública e onde promoverá a discussão dos temas aqui descritos.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Por Terra, por Mar e pelo Ar…


Depois do episódio do Red Bull Air Race, parece que o “comité centralista de organização de eventos da nação”, decidiu excluir a candidatura do Algarve à realização do evento Ryder Cup, que se realizará em 2018.

Tratam-se de episódios aparentemente disjuntos, mas unidos por essa circunstância de residir "nas mãos" de um restrito circulo de pessoas e dos seus inCOMPORTAveis interesses, a esfera de decisão acerca de importantes projectos para diversas Regiões do País.

"O Ryder Cup é a mais mediática prova de golfe internacional tem lugar de dois em dois anos e contribui para a notoriedade da região e do país que a organiza”

"O Algarve possui 38 campos de golfe, 32 campos de 18 buracos e 6 campos de 9 buracos. Refira-se que Portugal contabiliza um total de 78 campos de Golfe.
A região mais a sul do país já recebeu os prémios de “Melhor Destino Europeu de Golfe”, pela revista Golf Magazin (Alemanha), em 2008, 2009 e 2010; e “Melhor destino de Golfe do Mundo, pela Internacional Associatios of Golf Tour Operators, em 2000 e 2006, entre outros."

Por outro lado...
“A Herdade da Comporta não tem nenhum campo de golfe construído, tem um projecto de construção de campo de golfe. Não tem tradição, nem é um destino de golfe, nem acredito que venha a ser. Enquanto o Algarve é um destino de golfe há muitos anos e tem dado provas internacionais da sua qualidade”

""É necessário fazer um investimento pesado e era importante esclarecer de onde vem essa verba porque essa é uma verba que a candidatura exige que seja gasta em torneios europeus ao longo destes anos, até 2018» ... Trata-se de um investimento de 140 milhões de euros só em torneios, não falando do novo campo de golfe e dos dois hotéis de cinco estrelas que estão previstos para a Herdade da Comporta.”



Todos juntos, para a conta ficar mais barata, faremos da Comporta mais um símbolo deste cantinho à beira mar plantado.

Porque não Regionalizar para romper com este estado de coisas?

Norte Sim, Já!

Não é muito! Mas é ...

A Regionalização é o melhor modelo para o desenvolvimento do Norte, e de Portugal. Isso já sabemos! Não podemos é esperar mais tempo, para que alguém faça o que só nós podemos fazer.

O Movimento Norte Sim exige que o Norte possa decidir o seu futuro, com mais eficácia e eficiência e menor custo para a Região e para o País, e defende uma Região Norte coincidente com a actual região plano e um modelo de Regionalização administrativa como está consagrada na Constituição.

Não é muito! Mas é o necessário para devolver a esperança à Região e a Portugal.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Os flavienses estão de parabéns!



"Os transmontanos procuraram ser felizes e foram-no…"

"Os flavienses estreiam-se no Jamor e, numa altura em que lutam desesperadamente para se manter na Liga de Honra, a equipa comandada agora por Manuel Tulipa, torna-se no terceiro clube a militar nos escalões secundários a chegar à final da Taça..."

"O caminho para a felicidade foi, porém, extremamente sofrido..."


That's the spirit!

Regionalização

O centralismo a que o país chegou é um escândalo!

O Norte perde riqueza, poder e voz. E, com isso, perde o país!

A Regionalização é a SOLUÇÃO, e é uma questão de soberania.
É uma questão de poder. E o poder não se pede, conquista-se!

É nosso direito, que a riqueza que a região produz
não seja por outros destruída.


NORTE SIM! JÁ!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Um sinal positivo?


Passos Coelho assume moção eleitoral de Aguiar-Branco

Principais promessas de Pedro Passos Coelho na liderança do PSD repetem ideias avançadas por Aguiar-Branco na campanha das directas

(via Jornal i)


"
...
Na moção que apresentou nas directas do partido, Passos Coelho fala pela primeira vez da Constituição na página 49, a propósito da regionalização:
"Estamos em legislatura de revisão constitucional, pelo que deve ser defendida a retirada do travão da lei fundamental que obriga à simultaneidade na criação das regiões".

....
"

Actualmente, a Constituição prevê a implementação da Regionalização precedida de um "sim" em referendo. No entanto, esse resultado deverá expressar uma dupla maioria: "Sim" > 50% e uma votação favorável em todas as regiões.

Norte! Tem que ser pobre?

Com esta realidade:

A Região Norte é a região mais populosa, com 35% do total, e a mais jovem do país, com 38% dos jovens..

Assiste a uma crescente taxa de urbanização e de densidade populacional, com centralidades na A.M.Porto, Braga e Guimarães (a Norte da AMP), Vila Real, Chaves e Bragança (no interior), e Aveiro (a Sul, integrando já a Região Centro).

A população, num raio de 30 minutos da AMP é de 1.379.923 habitantes, a 60m de 2.900.487 hab., a 90m de 3.823.865 hab. e a 120m de 5.459.387 hab., constituindo o maior continuo populacional no país.

É a segunda região no que respeita ao PIB nacional. Detém um importante Porto de Mar (Leixões) e um importante Aeroporto (Francisco Sá Carneiro).

Possui uma forte rede de Universidades, Centros Tecnológicos e outras instituições de carácter técnico ou tecnológico (U.Porto, UCP-Porto, IPPorto, ISVouga, IPVC, IPCA, U.Minho, UTAD, IPBragança, e U.Aveiro; INESC, INEGI ou Centro de Investigação 3B’s da U. Minho, etc).

Em 2003, a região concentrava 25% dos investigadores em I&D em Portugal, e cerca de um terço das unidades de I&D.

É a região mais exportadora do País, com cerca de 40% do valor das exportações nacionais.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Norte Sim já chegou à imprensa




E começa a contagem decrescente para 22 de Abril...

Em plano inclinado

Em complemento do post anterior "Portugal, hoje!", merece uma leitura este post:

"O definhamento do Porto"

"
...
Há pouco tempo, fui confrontado com os números implacáveis (e quão implacáveis são) do desenvolvimento do nosso país nos últimos 20 anos, numa radiografia feita retalhando o nosso país nas suas 30 NUTS (Nomenclatura de Unidades Territoriais). Aqui vai uma súmula de alguns indicadores relevantes, comparando a NUT Grande Porto com a Grande Lisboa.

Indicador: Grande Porto - Grande Lisboa
---------------1989----Hoje-----1989---Hoje
PIB (%)--------14,56---12,03----5,52---31,09

PIB per capita(Portugal=100)
124,24---99,68---87,07--163,04


(Fonte:INE)"


Os números são implacáveis em função da óbvia discrepância, mas note-se que, entre as diversas zonas que constituem a Região Norte, o Porto é com certeza a menos prejudicada...

É assim...

NORTE, hoje!

Índice do PIB "per capita" do Norte é o mais baixo de Portugal,
80% média nacional, atrás da Região do Centro, 85% e da Região Autónoma dos Açores, 89%.

A Guiana francesa e Dytiki Ellada, na Grécia, são as únicas regiões dos 15 países da U.E. com índice de pobreza superior ao do Norte. E vários países que aderiram recentemente à união europeia já têm todo o território mais rico que o Norte, como é o caso da Estónia, Eslovénia, Malta e Chipre.

As NUTS III da região aproximam-se do Grande Porto, apenas e só, porque esta sub-região passou de 115% da média nacional para 100% em 2007, ou seja o nivelamento sub-regional acontece pelo empobrecimento relativo do Grande Porto e não pelo aumento da riqueza nas outras sub-regiões.

Mesmo a Cidade do Porto, que em 2000 tinha o maior poder de compra do país, com 238% da média nacional, caiu em 2005 para 164%, sendo actualmente inferior a Lisboa e Oeiras.

Se isto não é uma desgraça, é o quê!?

domingo, 11 de abril de 2010

PORTUGAL, hoje!

OCDE, 2007: Portugal é o 2º país mais centralizado.

Em 1995, em Portugal, a riqueza por habitante era de 75% da média da U.E. Em 2006, após milhares de milhões de euros “investidos” era de 76% (!). Enquanto que, em países que entraram ao mesmo tempo para a comunidade europeia, a riqueza criada disparou de 84,2% para 94,1% na Grécia e de 91,7 para 104,1% na Espanha.
 
Portugal é hoje um país em crise estrutural e endémica. Entre 2000-2009, cresceu em média menos de 0,5% ao ano (a média da OCDE foi de 2%). A divida pública cresceu de 55% para 70% e o desemprego é hoje superior a 10%.

Esta é a realidade de um país cada vez mais centralizado, onde o poder central não apresenta soluções, constitui grave problema!

sábado, 10 de abril de 2010

Nortenhos Independentes


Um site que vale a pena conhecer...

História do Norte!

O Princípio


"A região na qual se encontra actualmente Portugal esteve habitada por pelo menos há quinhentos mil anos, primeiro pelos Neandertais, e mais tarde, pelos homens modernos. Cerca de 10 000 a.C., a Península Ibérica era habitada por povos autóctones sem parentesco aparente com quaisquer outros povos conhecidos, denominados Iberos." Nesta altura ja havia diferenças entre as varias regiões pela penísula iberica.

Mas so se cristalizou as diferenças devido à geografia e a vindas de emigrações de alguns povos para esta região que marcaram perfundamente as bases para a identidade do Norte de Portugal."
...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Movimento Norte Sim oficializado a 22 de Abril

A defesa da criação de uma região Norte num país regionalizado é o objetivo do Movimento Regionalista Norte Sim, que se apresenta formalmente dia 22, num jantar debate em Paredes, disse hoje à Lusa um dos promotores, Ricardo Luz.

“O nosso objetivo é um: a regionalização em Portugal e a criação de uma região Norte. Queremos tentar mobilizar o máximo possível de cidadãos. Para chegar à regionalização, primeiro temos de informar as pessoas porque a defendemos e de lhes dizer o que estamos a perder por não termos um país regionalizado”, adiantou o empresário.

O Norte Sim é um “movimento político não partidário” que reúne, para já, “cerca de 100 pessoas no Norte que defendem a regionalização”, referiu Ricardo Luz.

"Gostaria que aparecessem projetos similares noutras regiões”, acrescentou.

Para além de influenciar os cidadãos e “promover o debate”, o movimento pretende, também, segundo o seu promotor, “influenciar os eleitos para tomar decisões”, sejam elas a promoção da regionalização ou a opção pelo referendo.

Entre as iniciativas previstas, para depois da apresentação formal do movimento, estão a organização, “todos os meses, de jantares debate em várias cidades do Norte”, abertos “a quem queira participar”.

A publicação de uma newsletter e a “participação num programa semanal do canal por cabo RTV” são outras das atividades planeadas.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Opções do Estado Central e as bandeiras à janela


Este caso de Valença é o último de um extenso rol de estabelecimentos de saúde cujo encerramento (parcial ou total) tem penalizado os habitantes dos distritos mais interiores, designadamente na Região Norte do País.

É um bom exemplo para demonstrar em que medida este estado centralista se afastou do quotidiano de uma larga franja dos cidadãos do País e descuida dos seus interesses, pelos quais, deveria zelar.

Mas esta situação não será o resultado das opções – das bandeiras -
que o Estado Central, ele próprio, abraçou?


Então, não é este Estado Central, tão diligente nas despesas com estes serviços de saúde, o mesmo que, todos os anos, financia com mais de 300 Milhões € o défice de exploração e a ineficiência de uma empresa pública, como a RTP?

O mesmo Estado Central, não é conivente, pois esteve presente na sua aprovação, com os prémios de milhões de € atribuídos a gestores empresas como a PT, a EDP, REN, etc.? (o argumento que estas se tratam de empresas privadas é falacioso, já que é o estado quem, para além de continuar a assegurar verdadeiros monopólios privados, continua a controlar o seu capital accionista)

Não é o mesmo Estado Central que financiou, em milhares de milhões de €, o resultado dos estratagemas de algumas instituições bancárias (BPN) ?

E a lista continua, com centenas de Milhões de Euros absorvidos por listas infindáveis de empresas públicas (CP, REFER, TAP, Carris, STCP…), investimentos públicos ruinosos (TGV, novo aeroporto, 3ª travessia sobre o Tejo…), negócios muito duvidosos (aquisição de submarinos, construção de barragens, concessão do terminal de
Alcântara, concessão de auto-estradas…)

Mas qual é o receio de romper com este estado de coisas?

Norte Sim, Já!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Queremos continuar a trilhar este caminho?


Desertificação causa mais aldeias-fantasmas no interior
Aldeias estão a ficar desertas, abandonadas à sua sorte e engolidas pela vegetação. Nem mesmo as que estão nos arredores de algumas capitais de distrito escapam.


(via DN)

"...
Em 2001, a densidade populacional de Portugal era de 112 habitantes/km2, valor quase idêntico à média europeia, de 114 habitantes, mas com uma diferença abissal: as densidades populacionais mais elevadas encontram-se na faixa litoral oeste até ao Sado e na orla algarvia, enquanto no interior as densidades são muitas vezes inferiores a 20 habitantes por km2.

...
Também a presidente da Liga para a Protecção da Natureza reclama a "implementação, rápida, de medidas para inverter a desertificação acelerada que estamos a assistir". Alexandra Cunha sustenta que "a chave do problema são as pessoas, mas para isso é preciso criar instrumentos que as ajudem a fixar-se". A ambientalista alerta que "é um problema muito grave que é agravado pela falta de qualidade de vida das populações, sobretudo das regiões raianas". É que "sem pessoas as terras vão ficando menos aráveis, engolidas pela vegetação e cada vez com menores condições de inverter a tendência".

De acordo com Alexandra Cunha, "mais de metade do País pode transformar-se em solo árido se nada for feito, com consequências tão graves como o aumento das assimetrias entre as regiões, criando perdas demográficas, pobreza, abandono e desemprego", conclui

"

domingo, 4 de abril de 2010

A ver vamos...

PSD/Porto pede união em torno do líder e volta à regionalização

Marco António Costa quer esforço de união para combater o PS. E leva regionalização já ao congresso do fim-de-semana.

(via DN)
"...
Marco António, apoiante declarado de Pedro Passos Coelho nas directas da última semana, enviou também uma carta aberta aos 30 250 militantes do Porto, precisamente apelando à unidade do partido. "A partir de agora temos de unir esforços para vencer o nosso adversário político: o Partido Socialista e as suas políticas", diz o também vice-presidente da Câmara de Gaia, acrescentando: "Estou certo de que eu e o dr. Pedro Passos Coelho podemos contar com o apoio e empenho de todos os militantes do distrito do Porto, no sentido de juntos construirmos uma verdadeira alternativa a este Governo socialista e dessa forma lutarmos por um país e um distrito melhor e mais justo."

Marco António Costa, de resto apontado no partido como um dos membros da futura comissão política do novo presidente do partido, promete levar para essa direcção uma bandeira: a da regionalização.

Na convocatória para a reunião de hoje, o assunto é mencionado já com referência ao congresso do próximo fim-de-semana, em Carcavelos, prometendo não largar essa ambição ("Marco António Costa pretende capitalizar todos delegados no próximo congresso na defesa do distrito do Porto, bem como na defesa da regionalização, bandeira de que não abdica", diz essa convocatória)
..."

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Festividades da Semana Santa em Braga

As procissões da Semana Santa foram introduzidas no arciprestado de Braga entre 1500 e 1510.


Pela sua importância no contexto das cerimónias litúrgicas que ocorrem um pouco de norte a sul de Portugal durante a Semana Santa, não podem deixar de registar-se as que têm lugar em Braga, onde o conjunto impressionante e único das procissões, particularmente as nocturnas, faz acorrer àquela cidade milhares de fiéis vindos de todo o país, mas também peregrinos oriundos de Espanha e de outras partes do Mundo.

Assim acontece na Quinta-Feira Santa com a Procissão do Senhor Ecce Homo, popularmente designada por Procissão do Senhor da Cana Verde, a lembrar as palavras proferidas por Pôncio Pilatos aos Judeus: «Eis o homem», quando lhes mostrou Jesus Cristo coroado de espinhos, com uma cana verde nas mãos a servir-lhe de ceptro.