sexta-feira, 23 de abril de 2010
Banco Regional...e porque não?
(22.04.2010) Caros Amigos,
Entre ontem e hoje dia 22/04/2010 estamos a assistir ao principio do fim do modelo económico que Portugal segue desde 1986, quando entramos na então CEE. As taxas de juro com que o estado português se financia estão ao nível mais alto dos últimos 10 anos. Os credores cada vez mais desconfiam da nossa capacidade para pagar as dividas e continuar a gastar ainda mais.
Este é um modelo económico que privilegiou o consumo desenfreado em vez da poupança razoável, um modelo que provocou o enorme aumento dos gastos públicos e da burocracia em vez da racionalização da administração central e local, um modelo de concentração do investimento público em infraestruturas rodoviárias e equipamentos sociais, em vez da melhoria do ensino secundário, da investigação tecnológica, e dos apoios eficazes para o desenvolvimento da agricultura, das pescas , da industria e do turismo, e um modelo que promoveu o empobrecimento das regiões, à custa da gigantesca centralização do estado e das empresas publicas na capital, arrastando as empresas privadas também para uma lógica de centralização, pois é na capital que tudo se decide.
A criação da Região Norte dá-nos uma oportunidade de dizer que não queremos continuar a caminhar para o abismo. Queremos uma região produtiva, que exporte ainda mais, que tenha um sistema de ensino secundário e superior exigente, voltados para as necessidades da região, com uma administração regional que privilegie a eficácia com menores custos, menos burocracia e que esteja consciente da necessidade de ser aliada das empresas.
O Banco Regional é essencial nesta nova era económica. Um tempo de recursos financeiros escassos, onde é necessário que as poupanças dos cidadãos do norte, das empresas e das instituições sejam aqui aplicadas em projectos que tragam mais emprego, mais exportações e mais turismo. Os bancos nacionais estão mais interessados em financiar grandes projectos de infraestruturas, decididos na capital que outros mais pequenos, se calhar até com mais risco, pois não têm a garantia explicita ou implícita do estado central ou de uma grande empresa pública.
Este Banco/Caixa regional (uma fundação) e o Fundo de Capital de Risco associado (com pelo menos 100 milhões de euros para investir todos os anos) deverá ser também um centro para lançar o debate sobre as grandes questões para o desenvolvimento económico da região. Sem capital a custos baixos não há criação e crescimento de empresas e criação de emprego.
PP
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