O Movimento Norte Sim, defende uma Região Norte coincidente com a actual região plano e um modelo de regionalização administrativa consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O Movimento Norte Sim, considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que esta Região Norte se depara.

O Movimento Norte Sim, luta para que o Norte possa decidir o seu futuro, com mais eficácia e menores custos, através de um poder eleito democraticamente.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Declínio e condição da Região Norte (Parte II)

(continuação)

Note-se que o conteúdo do post anterior (Declínio e condição da Região Norte - Parte I), não implica uma atitude “anti-Lisboa”. Aliás, à excepção de uma restrita elite aí residente, o actual cenário de macrocefalia leva a que os portugueses que vivem nos arredores da capital tenham, sob diversos aspectos, uma péssima qualidade de vida.

Basta ouvir os boletins de trânsito para entrar e sair da capital, ou as crescentes notícias sobre insegurança e violência que por aí proliferam.

CONCLUSÃO
Pelo exposto, o processo de Regionalização é urgente pois, como se demonstra pelas enormes desigualdades regionais existentes, o actual modelo não proporcionou um desenvolvimento harmonioso de Portugal.

Essa realidade é aliás bem evidente num estudo onde o n/ País aparece destacado na lista dos países com maior fosso entre ricos e pobres, nesse ranking vimos em 5º lugar, veja-se aqui:
http://finance.yahoo.com/banking-budgeting/article/107980/countries-with-the-biggest-gaps-between-rich-and-poor

Outro aspecto que gostaria de referir e sempre que se fala em Regionalização, é o surgimento de diversos “opinion makers” alegando a reduzida dimensão do País, o risco que a criação de regiões representa para a continuidade de Portugal como uma “nação unida”, os bairrismos bacocos, etc., em suma, a regionalização iria “dividir” a Pátria e prejudicar a coesão do país.


Mas porque nunca se preocupam essas vozes com as diferenças abismais entre Lisboa e outras regiões do País? Como é que pessoas tão preocupadas com a unidade nacional convivem bem com uma região do país ter 120% do PIB pc da UE e, para utilizar o argumento invocado, num país de tão pequena dimensão, regiões como o Tâmega (Baião, Amarante) ou o Ave, ou concelhos do Douro não chegarem a 50%?

Para além disso, o modelo vigente está esgotado, já não é possível aumentar mais os impostos (que tem sido a solução encontrada para alimentar a “máquina centralista”) sob pena de liquidar as nossas hipóteses futuras. O peso do Estado é, por via dos impostos, cada vez mais um obstáculo à competitividade das nossas empresas no contexto internacional.

A única solução é voltar a fazer o que esta Região sempre fez ao longo da sua história, ou seja, voltar a produzir riqueza. Mas para o fazer temos de tomar o assunto “nas nossas mãos”, isto é passar a ter um papel activo – decisivo – relativamente à tomada de decisões, à definição do que é prioritário e para onde deve ser canalizado o investimento.


E essas decisões não serão, com certeza, coincidentes com as prioridades do Estado Central que, recordo, são o novo aeroporto, o TGV Lisboa – Madrid e a 3ª travessia sobre o Tejo.

Norte? Sim, Já!

Sem comentários:

Enviar um comentário