Lendo o Diário Económico de 23 de Março, somos informados que as taxas aeroportuárias aplicadas pela ANA desde 2008 são superiores nos aeroportos nacionais, Portela em relação a Barajas (Madrid) e Francisco Sá Carneiro em relação aos aeroportos da Galiza. Coisa pouca, pois a “ANA cobra tarifas 30% a 200% mais caras que aeroportos espanhóis”.
“No aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, Num voo Schengen, aterrar ou levantar um Airbus A320 custava 1.825 euros. Em Santiago de Compostela o preço era muito inferior, de 1.255 euros. O mesmo ‘benchmark’ apontava para um preço idêntico em Vigo. Uma diferença de 45% desfavorável para o aeroporto da cidade invicta.”
Se hoje isto é assim, com o monopólio público da ANA, pior será com um monopólio privado, caso se concretize a privatização do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Para além da ineficiência actual seremos brindados com o desinvestimento no Aeroporto do Porto, por legitimas razões da melhor racionalidade económica. Visando a rentabilização do elevado investimento a efectuar no seu principal activo, o Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), a construir (parece, segundo última versão!) no “deserto” de Alcochete, o dono dos aeroportos irá privilegiar o seu principal activo, desinvestindo nos outros.
O NAL, com inauguração prevista para 2017 e que “irá servir Portugal, principalmente a zona da Grande Lisboa, bem como todo o centro/sul do país”, visa substituir o actual Aeroporto da Portela como principal portal aéreo internacional de Lisboa, é mais um megalómano projecto, mais um elefante branco, do qual o pais se irá (como sempre, tarde!) arrepender. Contribuirá para o permanente hipotecar do futuro dos nosso filhos, e para a destruição da capacidade de criação de riqueza na região Norte.
Região Norte, que segundo estudos realizados poderá perder 25 mil empregos e 400 milhões de euros de receitas por ano em turismo e atractividade económica.
Se isto não fosse trágico, seria risível. Mas a culpa não é “deles”, é nossa, das instituições e cidadãos da Região, que se nada fizermos continuaremos a assistir à degradação económica e social da região e veremos os nossos filhos a abandona-la, procurando no estrangeiro as oportunidades aqui negadas.
É nosso direito, que a riqueza que a região produz não seja por outros destruída. Para que tal não aconteça, é nosso dever lutar pela gestão autónoma do aeroporto do Francisco Sá Carneiro, no Porto.
NORTE SIM! JÁ!
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