(17.05.2010, DN)
"A Associação Comercial do Porto (ACP) sublinhou hoje as vantagens, num contexto de austeridade económica, da solução "Portela+1" para o novo aeroporto de Lisboa, que permitiria poupar 800 milhões de euros e responder às "incertezas" da crise internacional
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No livro hoje apresentado, os autores - Álvaro Nascimento, da Católica, e Álvaro Costa, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) - apontam o "Portela+1" como um "bom exemplo" de investimento público em tempo de crise."
"Em vez de transferir de uma vez todo o aeroporto, o que nós propomos é que primeiro se retire da Portela apenas o tráfego 'low cost', transferindo-o para um novo aeroporto [em Alcochete] que [numa primeira fase] não necessita de um investimento tão aprofundado como um aeroporto grande", afirmou Álvaro Nascimento.
"Com o 'Portela+1' estou a economizar ao investir de uma forma mais gradual, num valor que estimamos que possa aproximar-se dos 800 milhões de euros", disse.
Segundo Álvaro Nascimento, a construção do novo aeroporto por módulos ao ritmo da evolução do tráfego aéreo tem ainda a vantagem de se adaptar melhor às "incertezas" criadas pela crise internacional.
"Se a procura evoluir de forma desfavorável é possível que a transferência para a Portela não seja necessária nos próximos 10/15 anos e, então, estou a poupar um investimento que estaria ali inutilizado e pelo qual tenho que pagar juros do financiamento e custos significativos de manutenção", sustentou.
Também presente na apresentação do livro, onde teve uma participação, o economista Alberto Castro destacou entre as "incertezas" quanto à evolução do tráfego na Portela o futuro da TAP após a privatização.
"Se a TAP for privatizada, por exemplo, para um consórcio liderado pela Ibéria, é possível que haja uma transferência de tráfego substancial de Lisboa para Barajas [Espanha], o que só reforça a necessidade de um modelo que permita ter flexibilidade suficiente para acomodar estes cenários", disse.
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