No Município de Arouca, foi criado um projecto que visa a ocupação e reabilitação de algumas quintas e propriedades do Concelho que actualmente se encontram abandonadas. Em resumo, o projecto visava oferecer a pessoas que se encontram a receber subsídio de desemprego ou RSI, alojamento nessas propriedades. Como retribuição pretendia-se que essas pessoas explorassem os terrenos abandonados.
Pelo que foi possível apurar, “…um ano depois da iniciativa ser posta em prática e para espanto da autarquia, ninguém se mostrou interessado e de nada valeu a campanha que passou na rádio local.”
É pena. Esta medida vai de encontro a um dos mais sérios problemas que a Região Norte enfrenta – a desertificação – e, como tal, este tipo de iniciativas merecem maior atenção. Se implementada com sucesso, permitiria a preservação da paisagem rural nas zonas mais interiores, factor fundamental para o desenvolvimento turístico na Região.
Relativamente à exploração agrícola dos terrenos, certamente se encontraria, para além do consumo próprio, soluções para o escoamento desses produtos sem perturbarem o desejável normal funcionamento do mercado (uma vez que esta actividade seria praticamente subsidiada a 100%). Não faltaram instituições de solidariedade, e outras de cariz social, que possam fazer bom uso desses produtos.
Pelos vistos o Município de Arouca é a única entidade responsável pela (tentativa de) implementação do projecto. Pena que o nosso Estado Central não encare este tipo de projectos, mais ligados ao desenvolvimento regional e local, como prioritários. O que já não poderia ter mudado no terreno se, por exemplo, fossem canalizados para um programa com estas características parte dos quase 100 Milhões de Euros já gastos com estudos no TGV.
Norte Sim, Já!
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