Não é a promeira vez que aqui no MRNS alertamos para a urgência de o Estado Central fazer algo para solucionar os crónicos prejuízos das empreses públicas sob a sua tutela. Para melhor aferir da importância deste assunto e da escala do desperdício financeiro em jogo, veja-se, por ex., o impacto financeiro esperado decorrente das medidas tomadas recentemente no sentido de reduzir os custos relacionados com os apoios sociais do Estado:
“Com a nova lei, o Governo estima poupar 99 milhões de euros este ano e 199 milhões em 2011” (fonte: Diário Económico).
Entretanto, ano após ano, montantes muito significativos de impostos continuam a ser absorvidos por um vasto conjunto das empresas públicas no nosso País. Leia-se este outro artigo, que resume o desempenho daquele sector no ano de 2009:
No total, todo este esforço passou de 1254 milhões de euros em 2008 para 2118 milhões em 2009.” (fonte, Público)
Foram 2118 Milhões em 2009! Imagine-se, caso este sector fosse bem gerido, como seriam valiosos estes recursos públicos se usados no apoio a sectores da economia em dificuldade, ou (imagine-se!) numa redução de impostos.
E voltamos a colocar a questão: as decisões e prioridades deste estado centralista fazem sentido? Repetidamente vemos ser privilegiada a manutenção do status quo de uma série de empresas públicas e dos seus interesses, em detrimento de outros sectores, designadamente, os trabalhadores por conta de outrem e os pequenos e médios empresários.
Nesse universo de entidades e empresas públicas, onde escasseia a boa gestão, abundam as nomeações políticas, dos familiares, dos amigos, as adjudicações a gabinetes de assessoria diversa, etc., estas empresas, sob a gestão do Estado Central e quase sem excepção sediadas na capital, sobrevivem, ano após ano, prejuízo após prejuízo, à custa dos recursos dos cidadãos das restantes regiões do País.
Até quando?
Norte Sim, Já!
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