O Movimento Norte Sim, defende uma Região Norte coincidente com a actual região plano e um modelo de regionalização administrativa consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O Movimento Norte Sim, considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que esta Região Norte se depara.

O Movimento Norte Sim, luta para que o Norte possa decidir o seu futuro, com mais eficácia e menores custos, através de um poder eleito democraticamente.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O futuro reside nos campos de golfe

Recentemente vieram a público notícias que nos dão conta de estarem os nossos governantes a ponderar uma redução, dos actuais 23% para 6%, da taxa de IVA aplicável à prática do golfe. Segundo as mesmas notícias, esta medida justifica-se pelo objectivo de apoiar o sector do turismo e do estímulo que aquela redução da carga fiscal, iria ter sobre o fluxo de turistas adeptos daquela modalidade.

Recentemente outras notícias vieram a público, estas reportando-se aos efeitos que a introdução de portagens nas SCUT a Norte produziram sobre a actividade económica local. Em resumo, decorridos 4 meses sobre a implementação das portagens, estima-se em 57% a quebra sentida pelo sector hoteleiro local, apontando ainda o mesmo estudo, para uma quebra de 49,5% do volume de negócio associado ao sector de comércio e serviços.

Estas duas notícias são sintomáticas dos resultados das opções tomadas por este governo centralista e, simultâneamente, das prioridades que orientam a sua acção governativa.

Vejamos, enquanto os políticos de Lisboa mostram disponibilidade para reduzir a carga fiscal preocupados com os "pobres" praticantes de golfe alemães, ingleses, etc., como se esta redução da taxa constituísse um factor decisivo nas suas opções, não tiveram qualquer consideração em relação aos impactos negativos que a introdução de portagens iria ter sobre a Região Norte (isto sem falar na falta de pudor e sensibilidade social que estes mesmos políticos revelam por, simultaneamente, inscreverem no PEC mais recente o congelamento das pensões de reforma mais baixas).

A Região Norte, recorde-se, para além de ter turismo, é também a região mais exportadora do País, sendo precisamente as empresas exportadoras locais as maiores vítimas do fim das SCUT. E é esta mesma Região, pese embora seja a que cria mais riqueza por via das suas exportações, a mais pobre do País. Isto faz algum sentido?

Sintomático ainda, é constatar que meia dúzia de empresários ligados ao turismo do golfe conseguem exercer mais influência sobre o Governo da capital, que os diversos movimentos de cidadãos, tomadas de posição de inúmeras entidades e as manifestações que mobilizaram milhares de pessoas realizadas a Norte. Não se coloca em causa a legitimidade daqueles empresários, mas é mais um sintoma da forma como, a partir de Lisboa se olha para a “paisagem” à sua volta – isto é o Centralismo. Será que, em vez das manifestações realizadas em 2010, fossem antes os governantes alertados para uma quebra de receitas relacionada com a redução de visitas dos praticantes de golfe galegos aos campos de golfe entre Caminha e Aveiro, estes seriam mais sensíveis aos impactos negativos das portagens nas SCUT? 

Talvez seja mais sensato abandonar as actividades que há décadas caracterizam a nossa Região, criaram empregos e fizeram este País desenvolver-se, e apostarmos no novo desígnio, cultivar campos de golfe.

Norte Sim, Já!

1 comentário:

  1. Responsabilizemos os políticos por nos dizerem o que queremos ouvir nas eleições e não cumprirem.
    http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=MatrizEl

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